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Pátria soletrada à vista do harmatão. [Praia-fogo: entre nuvens e sustos e a péssima poesia que empesta os altos ares]

Levantam a voz, mas é uma fanfarrada pífia, só para se fazerem notados, nunca se aproximando da verdadeira vociferação. Nem engenho nem audácia, uma poesia que não busca a vereda estreita da divergência e do atrito, mas a estrada larga do embandeiramento e da autoexplanação para os convenientes fins promocionais na arena social. Falta a essa poesia em particular, e à poesia cabo-verdiana em geral, esse tom de ressentimento sulfuroso capaz de pôr a milhas essa pandilha aldrabona propositora de escórias líricas, em que nem sequer os exauridos modelos de cordialidade poética...

Pátria Soletrada à Vista do Harmatão  

Galgando hoje esses poios, numa faina temperada pelo entusiasmo, voltaremos a habitar o esforço da prosperidade, atentando nas várzeas e encostas regadas, mas reconhecendo a visitação do quebranto, quando os nossos olhos cansados se voltam para essas ruínas plantadas no itinerário da vasculhação, que é a razão dos nossos pés enterrados na terra seca, para reparação do que houvermos destapado com as nossas mãos mansamente imbuídas de mortalidade.

José Luiz Tavares entre os semi-finalistas do prémio Oceanos de Literatura

O livro "Instruções para Uso Posterior ao Naufrágio", da autoria de José Luiz Tavares, foi selecionado, entre cerca de 1900 obras, como um dos semi-finalistas do prémio Oceanos de literatura.

Pátria minha — história subjectiva

Hoje fazemos o regresso ao passado duma outra forma: através de um texto publicado na revista «Pública», do jornal português «Público», por alturas do 30º aniversário da independência nacional, a nossa «hora grande», o nosso «dia maior», independentemente das feições que tomariam os novos poderes.

Pátria soletrada à vista do Harmatão – V

 Sequência do projecto  Pátria Soletrada à Vista do Harmatão do poeta José Luiz Tavares, que escreve o seguinte: "Na continuação da  nossa peregrinação memorialística pelo lugar di biku, hoje evocamos duas figuras particulares da nossa infância nesse Txonbon de outrora, Abel di matxu i Barboza májiku. O subtítulo (os dois do diabo) é, obviamente, irónico, relembrando apenas a nossa percepção de menino".

Pátria soletrada à vista do Harmatão – V

Sequência do projecto  Pátria Soletrada à Vista do Harmatão do poeta José Luiz Tavares. Continua ainda por Txonbon, lugar di biku do autor.